Senadores Renan Calheiros e Eduardo Braga são indiciados por corrupção sob suspeita de favorecer empresa
A Polícia Federal terminou de investigar os senadores Renan Calheiros e Eduardo Braga, do MDB, e o ex-senador Romero Jucá. Eles estão sendo acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e participação em uma organização criminosa. As suspeitas começaram durante atividades no Congresso Nacional, onde teriam favorecido a empresa Hypermarcas, que agora é conhecida como Hypera Pharma, em troca de dinheiro ilegal. A investigação começou com a colaboração de um ex-executivo da Hypermarcas, que foi aceita em 2020.
Os advogados de Braga e Jucá negam as acusações, dizendo que as delações não têm provas concretas. O advogado de Braga declarou que “Não há provas de que o senador tenha se encontrado com o delator, que mudou sua história após quatro anos e só tem boatos como base. Tenho certeza de que a investigação será encerrada. É triste ver mais um caso de vazamento ilegal.”
A defesa de Jucá disse que o inquérito está tentando criminalizar práticas políticas legítimas, mencionando que a empresa sempre fez doações legais para campanhas eleitorais. “Este inquérito é uma tentativa de criminalizar a política, já que é normal que parlamentares tenham contato com empresários e grupos econômicos”, afirmou. “A defesa de Romero Jucá confia na sua inocência e rejeita as palavras prejudiciais do delator, que tenta difamar o importante legado que Jucá deixou na política brasileira.”
A empresa disse em comunicado que “concluiu suas investigações internas sobre irregularidades que aconteceram entre 2013 e 2015 em 2020. A questão foi resolvida com um acordo em 2022.” A defesa de Calheiros não se pronunciou ainda. O espaço da Jovem Pan está aberto para qualquer manifestação.