Dólar recua após Banco Central injetar mais R$ 5 bilhões em dois novos leilões

Dólar recua após Banco Central injetar mais R$ 5 bilhões em dois novos leilões

Hoje o Banco Central fez leilões extras de dólares no mercado, colocando US$ 5 bilhões. Isso faz parte de diversas intervenções feitas desde o dia 12, totalizando US$ 25,77 bilhões em um único mês, o maior valor já realizado. No primeiro leilão foram oferecidos US$ 3 bilhões em dólares para venda imediata, com oito propostas aceitas. Já no segundo leilão, o BC fez uma operação com compromisso de recompra futura, movimentando mais US$ 2 bilhões. Um terceiro leilão planejado teve que ser cancelado por problemas técnicos.

Após essas intervenções, o dólar caiu. Por volta das 9h53, estava valendo R$ 6,051, com desvalorização de 1,18%. Na quinta-feira, ele tinha chegado a R$ 6,1216, acumulando alta de 26,15% no ano. As ações do BC têm o objetivo de evitar a desvalorização do real, frente à saída de investimentos do país. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirma que as reservas internacionais de US$ 352,224 bilhões são suficientes para lidar com os problemas no mercado de câmbio.

Na quinta-feira, o BC fez sua maior ação desde 1999, colocando US$ 8 bilhões no mercado e o dólar caiu 2,28%. O futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo, disse que não há evidências de ações especulativas, contradizendo declarações do governo responsabilizando o mercado financeiro pela alta do dólar.

A valorização do dólar também reflete incertezas em relação ao pacote fiscal do governo, que busca acabar com o déficit público até 2025. Apesar de algumas medidas aprovadas pelo Congresso, analistas acreditam que o controle de gastos não será suficiente para diminuir a dívida pública. No cenário global, dados de inflação nos EUA também influenciaram os mercados. O índice de preços PCE subiu 0,1% em novembro, deixando os investidores cautelosos.

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