Assessor de Braga Netto tinha plano para anular eleição com anotação: ‘Lula não sobe a rampa’
A Polícia Federal descobriu que os amigos do general Braga Netto planejaram uma operação chamada “142” para tentar mudar o resultado das eleições, prolongar os mandatos, trocar todos os ministros do Tribunal Superior Eleitoral e impedir a posse do presidente Lula. O plano foi encontrado em um papel na sede do partido do general em Brasília, feito pelo seu assessor de confiança. O documento estava guardado em uma pasta chamada “memórias importantes”. Essas informações estão em um relatório da PF aberto pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. A investigação revela que Bolsonaro liderou o golpe de Estado depois de perder a eleição de 2022. O nome da operação “142” faz referência a um artigo da Constituição usado de forma errada pelos bolsonaristas para apoiar uma quebra institucional. O documento registrado mencionava a interrupção da transição, anulação das eleições, substituição de ministros do TSE e preparação para novas eleições, com a observação de que Lula não poderia assumir a presidência. O relatório da PF afirma que Braga Netto e seus aliados tinham a intenção de dar um golpe e desrespeitar a democracia, distorcendo um artigo da Constituição. Os investigadores dizem que o documento foi escrito entre novembro e dezembro de 2022, após a eleição onde Bolsonaro e Braga Netto foram derrotados. Até agora, os militares não se pronunciaram sobre as acusações da PF.