Censo 2022: mais de um milhão de indígenas vivem com ausência de saneamento básico
Em 2022, o Censo Demográfico do IBGE mostrou que 69,12% dos indígenas no Brasil, o que equivale a cerca de 1,1 milhão de pessoas, viviam em situações precárias sem acesso a saneamento básico. Isso é preocupante, já que é muito maior do que a média da população brasileira, que é de 27,26%. O estudo analisou questões como água, esgoto e coleta de lixo. A maioria dos indígenas, cerca de 91,93%, mora em casas. Dentro das terras indígenas, a situação é ainda pior, com 95,59% dos moradores em condições precárias.
O IBGE ressaltou que as dificuldades com saneamento são mais graves nas terras indígenas do que nas áreas urbanas. Em 2022, 28,82% dos indígenas enfrentavam três tipos de precariedade, enquanto nas terras indígenas esse número era de 62,23%. No que diz respeito à água, 36,79% dos indígenas tinham acesso precário, comparado com apenas 6,03% da população em geral. Nas terras indígenas, essa porcentagem subia para 69,24%. Em relação ao esgoto, 60,17% dos indígenas utilizavam sistemas inadequados, embora tenha havido uma pequena melhora desde 2010, ainda sendo maior que a média da população, que é de 23,82%. Quanto à coleta de lixo, 44,73% dos indígenas usavam métodos precários, enquanto apenas 9,1% da população em geral estava nessa situação.