EUA intensificam testes em trabalhadores de fazendas leiteiras após surto de gripe aviária H5N1
As autoridades de saúde dos Estados Unidos estão aumentando os testes em trabalhadores de fazendas leiteiras em resposta ao surto de gripe aviária H5N1. Novas evidências mostram que a abordagem anterior, que só olhava para os sintomas, pode não ter detectado muitos casos, aumentando o risco de propagação do vírus. O CDC atualizou suas diretrizes, recomendando que todos os trabalhadores que tiveram contato com animais doentes recebam antivirais, mesmo que não tenham sintomas. Antes, o uso do antiviral Tamiflu era apenas para pessoas com sinais suspeitos de infecção pelo H5N1.
Um estudo recente do CDC descobriu que metade dos trabalhadores com sinais de infecção nem lembrava de ter tido sintomas. Isso mostra que olhar só para os sintomas pode permitir que o vírus se espalhe sem ser detectado. As novas recomendações têm como objetivo evitar que o H5N1 se torne transmissível entre humanos. Apesar de não haver evidências de transmissão entre pessoas, é importante continuar vigilante para controlar o risco.
O USDA relatou que, dos 446 rebanhos leiteiros com infecções confirmadas neste ano, 151 foram identificados nos últimos 30 dias. O número de casos humanos confirmados chegou a 46. Mesmo com o aumento de casos, o CDC acredita que o risco do H5N1 para a população em geral é baixo. A maioria das infecções em humanos tem sido leve e ocorreu em trabalhadores que tiveram contato direto com animais infectados. No entanto, a confirmação de um suíno em Oregon com H5N1 traz preocupações sobre a infecção em suínos. O USDA também informou que um segundo suíno na mesma propriedade tinha testado positivo, sugerindo que a infecção pode ter vindo de aves migratórias.