Explosões enfraquecem apoio à anistia de envolvidos em 8 de janeiro

Explosões enfraquecem apoio à anistia de envolvidos em 8 de janeiro

Após o ataque na Praça dos Três Poderes em Brasília, os líderes do Congresso estão avaliando que a proposta de anistia aos participantes dos atos do dia 8 de Janeiro pode acabar sendo arquivada. Os deputados do PSOL querem que o projeto seja considerado prejudicado devido ao atentado. De acordo com as regras da Casa, o presidente Arthur Lira tem o poder de tomar essa decisão.

Os parlamentares argumentam que se a proposta for aprovada, pessoas que estão sendo investigadas ou cumprindo pena por crimes contra o Estado Democrático de Direito seriam perdoadas das punições judiciais. Eles acreditam que o texto em discussão ainda pode ser modificado para abranger mais situações, o que, na opinião deles, seria extremamente perigoso, já que não haveria limite temporal para aplicar a anistia.

No Senado Federal, a pressão para rejeitar o projeto de anistia também está aumentando. O presidente Rodrigo Pacheco destacou a importância de condenar atos de violência e discursos de ódio no país. A senadora Eliziane Gama ressaltou a importância de barrar qualquer proposta de anistia, afirmando que crimes prejudicam a tradição pacífica do Brasil. Ela enfatizou que atos extremos não resolvem os problemas em um regime democrático, como já visto nos eventos de 2022 e 8 de Janeiro de 2023. Para ela, é crucial condenar essas práticas e evitar propostas de anistia, já que a impunidade só incentiva mais violência.

No entanto, o senador Rogério Marinho, líder da oposição, expressou sua preocupação com a situação, mas defende que o Legislativo deve considerar a possibilidade de conceder anistia aos envolvidos nos ataques do dia 8 de Janeiro. Ele argumenta que essa é uma decisão política que cabe ao Congresso Nacional. O projeto em discussão propõe o perdão para aqueles que participaram, doaram ou apoiaram os atos criminosos através das redes sociais, desde que seja antes da vigência da futura lei. Além disso, o texto sugere anistiar também aqueles que estiveram envolvidos em eventos relacionados aos atos.

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