No dia Internacional do Banheiro, vamos reforçar a luta pela dignidade em um Brasil que não os tem
Não é surpreendente que muitas pessoas vivam sem banheiros no Brasil, seja em grandes cidades ou áreas rurais. Esse problema mostra as desigualdades existentes, a falta de compromisso político com a dignidade humana e os direitos básicos das pessoas mais vulneráveis. O Dia Internacional do Banheiro, que acontece em 19 de novembro, lembra que milhões de pessoas no mundo todo ainda não têm acesso adequado a saneamento básico. No Brasil, essa realidade é ainda mais cruel para comunidades invisíveis, que sofrem com a falta de políticas públicas e de reconhecimento. A falta de dados oficiais, negligência estrutural e exclusão social fazem com que essas comunidades permaneçam em condições precárias.
O relatório da TETO Brasil destaca nove comunidades no Estado de São Paulo que enfrentam problemas graves de saneamento, mostrando a urgência de soluções. Aldeias indígenas, como Tekoa Pyau, contam com a ajuda da TETO para implementar banheiros com biodigestores e sistemas de vermidepuração, trazendo melhorias significativas. Mesmo com soluções simples e de baixo custo, o que falta é vontade política para resolver o problema junto com as comunidades afetadas.
Os números revelam a seriedade da situação, com milhões de pessoas no Brasil sem acesso adequado a banheiros e água potável. Além dos impactos na saúde, a falta de saneamento afeta social e economicamente mulheres, meninas e trabalhadores informais. A poluição ambiental causada pela falta de saneamento piora a situação, criando um ciclo de pobreza e vulnerabilidade.
Apesar dos desafios, há esperança em iniciativas locais e internacionais que buscam soluções inovadoras para o problema do saneamento. No Brasil, é essencial que haja investimentos e uma mudança de paradigma que priorize as comunidades mais vulneráveis. A universalização do saneamento é um passo fundamental para acabar com a exclusão e a pobreza, garantindo um futuro mais justo e humano para todos os brasileiros. É urgente que a sociedade exija ações concretas e imediatas dos governantes para enfrentar essa crise que afeta os mais vulneráveis.