Pessoas negras representam 73% da população nas favelas, aponta Censo
Os dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira, mostram que nas favelas e comunidades urbanas do Brasil, a maioria da população é formada por pessoas negras e jovens. Homens e mulheres negros de 20 a 24 anos são o grupo mais comum, somando mais de 1 milhão de indivíduos, o que corresponde a 6,5% dos habitantes dessas áreas. Dentro das favelas, a representação desse grupo é 1,9% maior do que fora delas. Cerca de 73% da população das favelas se identifica como negra, sendo preta ou parda. Em todo o país, as pessoas negras representam 55,5% da população, sendo que 56% são pardas.
A população negra com até 69 anos é mais prevalente nas favelas do que fora delas: 70% nas comunidades comparado a 52% fora delas. Já a população branca tem uma distribuição oposta, com 26,6% vivendo nas favelas e 43,3% fora delas. Em relação ao gênero, há mais de 6 milhões de mulheres negras e 5,8 milhões de homens negros nas favelas e comunidades.
As mulheres de 20 a 29 anos e de 35 a 39 anos são os grupos mais presentes nas favelas e comunidades, totalizando 1,5 milhão de pessoas. Essa tendência se repete nas grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, onde a composição racial das favelas é semelhante à média nacional. Em São Paulo, jovens de 15 a 24 anos correspondem a cerca de 12% da população das favelas, enquanto no Rio de Janeiro, jovens negros de 20 a 29 anos ocupam as duas primeiras posições entre os moradores, totalizando 12,67% da população local.