Banco Central realiza maior leilão de dólares desde 2020 para conter alta da moeda
No dia 16 de março, o Banco Central fez a maior venda de dólares em uma operação cambial desde 2020, com a venda de US$ 1,6275 bilhão em um leilão especial. Isso aconteceu porque o dólar estava subindo muito, chegando a valer R$ 6,10, mas caiu para R$ 6,03 depois da venda. Além disso, também foram oferecidos US$ 3 bilhões em outro tipo de leilão, com compromisso de recompra.
O dólar subindo acontece por causa de vários motivos, como a valorização da moeda americana no mundo e problemas financeiros no Brasil. Por isso, o Banco Central tem feito várias intervenções no câmbio nas últimas semanas. Na sexta-feira anterior, já tinha vendido US$ 845 milhões em outro leilão.
O leilão na segunda-feira foi o maior desde março de 2020, quando foram vendidos US$ 2 bilhões. Essas intervenções são feitas para diminuir a instabilidade no mercado, seguindo a lógica de oferta e procura. No outro leilão, os dólares serão recomprados em março de 2025, o que dá liquidez ao mercado no curto prazo sem reduzir permanentemente as reservas internacionais do país.
Essas ações acontecem junto com o aumento da taxa de juros básica (Selic) pelo Copom. Na última semana, a Selic foi ajustada para 12,25% ao ano, com previsão de novos aumentos até 2025. Mesmo com essas medidas, o dólar continua subindo por causa das incertezas sobre o ajuste fiscal no Congresso.
Comentários do presidente Lula contra os juros altos também têm contribuído para aumentar as taxas futuras e a instabilidade cambial. O Banco Central, agora liderado por Gabriel Galípolo, enfatizou que só intervém no câmbio em casos de problemas, evitando intervenções regulares para manter artificialmente o valor do dólar.