Fecomercio-SP avalia que corte de gastos aprovado não solucionará questão fiscal
O novo corte de gastos aprovado pelo Congresso Nacional está gerando muita discussão sobre se vai resolver os problemas financeiros do Brasil. Segundo a Fecomercio, as medidas propostas não serão suficientes para controlar a dívida em relação ao tamanho da economia nos próximos anos. A entidade critica o pacote por não lidar com o problema fiscal de forma adequada, uma preocupação também compartilhada pelo ministro da Fazenda. A dúvida da Fecomercio é sobre o que vai acontecer no próximo ano, principalmente depois de algumas despesas importantes terem sido excluídas, como o pagamento de precatórios e ações de emergência no Rio Grande do Sul.
A Fecomercio critica o pacote por focar em diminuir o crescimento das despesas, em vez de fazer cortes reais para controlar a dívida em relação à economia. Nos últimos dois anos, essa relação aumentou em 10 pontos percentuais, chegando a 78%. A entidade alerta que o efeito das medidas será temporário e que o país provavelmente vai precisar de outro plano fiscal em breve. A resposta do governo destaca a importância de uma reforma administrativa que priorize a redução de gastos. Apesar de esperado, o anúncio do corte de gastos não é considerado suficiente para os desafios do próximo ano.
Especialistas afirmam que o pacote também mostra que as finanças públicas do Brasil são frágeis e que falta planejamento a longo prazo. Mesmo trazendo um alívio momentâneo, as medidas não abordam as causas profundas do problema fiscal, como gastos públicos ineficientes e a falta de crescimento econômico sustentável. Sem mudanças significativas, o Brasil pode ficar preso em ciclos de ajuste fiscal, adiando a solução definitiva para seus problemas econômicos. A reação do Congresso e dos mercados deixou o governo na defensiva, mostrando que essas questões precisam ser tratadas com mais seriedade no futuro.