Indiciado pela PF, general Mário Fernandes pediu transferência para dar ‘apoio afetivo’ à família
Desde que fui preso na Operação Contragolpe, no dia 19 de novembro, tenho buscado ser transferido do Rio de Janeiro para Brasília. Esse foi o meu primeiro pedido, ainda na audiência de custódia, que aconteceu no mesmo dia em que fui preso. A transferência foi autorizada nesta segunda-feira pelo ministro Alexandre de Moraes, que é o responsável pelo caso no Supremo Tribunal Federal (STF).
Na audiência, conduzida pelo juiz Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, auxiliar de Moraes, mencionei que gostaria de estar perto da minha esposa e dos meus três filhos. Expliquei que tenho um filho menor e que estar custodiado no Rio de Janeiro era uma preocupação. Solicitei a transferência para Brasília o mais rápido possível, para poder apoiar minha família de forma mais próxima, mesmo que seja apenas emocionalmente.
Durante a audiência de custódia, o juiz avaliou a legalidade da minha prisão e confirmou que tudo foi feito de forma correta. A prisão preventiva foi mantida e fui levado para o 1º Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro. Em breve, serei transferido para o Comando Militar do Planalto, no Distrito Federal.
Além da transferência, o ministro Moraes autorizou visitas virtuais e presenciais da minha esposa e filhos. Outras visitas, exceto dos advogados, precisarão ser autorizadas previamente pelo ministro. Fui indiciado pela Polícia Federal por organização criminosa, golpe de Estado e atentado ao Estado Democrático. A PF afirma que eu fui o autor do plano “Punhal Verde e Amarelo” para prender ou executar o ministro Moraes, o presidente Lula e o vice Alckmin.