Polícia Federal diz que Bolsonaro ‘planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva’ de suposto golpe
A Polícia Federal concluiu que as provas do inquérito mostram que o ex-presidente Bolsonaro planejou e controlou de forma direta a organização criminosa que tentava dar um golpe de Estado. O golpe não aconteceu por circunstâncias alheias à vontade de Bolsonaro. A polícia diz que a organização espalhou a narrativa de fraude nas urnas desde 2019 para preparar o terreno para justificar um golpe em caso de derrota eleitoral. Bolsonaro, com apoio jurídico, elaborou um decreto para impedir a posse do governo eleito e criar uma comissão para questionar a legalidade das eleições. Havia provas de que Bolsonaro estava ciente e participava do planejamento dos atos clandestinos. No dia 7 de dezembro de 2022, Bolsonaro fez ajustes no decreto e pressionou os comandantes das Forças Armadas para apoiarem o golpe. O Exército e a Aeronáutica foram contra, mas o comandante da Marinha concordou. Em 9 de dezembro de 2022, Bolsonaro se encontrou com o general Theóphilo, que concordou em liderar as ações do Exército caso o decreto fosse assinado.